Há um hino, que consta de boa parte dos hinários evangélicos, e que estava lá no antigo Salmos e Hinos da minha infância, do qual vou citar aqui um trecho que eu sei de cor desde menino:
“Mestre, o mar se revolta,
as ondas nos dão pavor;
o céu se reveste de trevas
não temos um salvador!”
“Não se te dá que morramos
Podes assim dormir,
Se a cada momento nos vemos
Já prestes a submergir?”
Lembrei-me deste hino quando, ontem à noite, por volta das 23h, começou a chover aqui ao redor do sítio, na região conhecida como “Da Chapada” (por causa da enorme fazenda desse nome que adorna a região). Normalmente uma chuvinha noturna não é coisa digna de nota — não é algo que mereça sequer um artiguinho de blog como este.
Mas a chuva de ontem, que, embora fraca, continua até agora, às 6h de hoje, não estava, para nós aqui, em um contexto normal.
Nosso contexto era um incêndio que grassou aqui na roça ontem, tocado e regido pelo forte vento que havia, incêndio que começou, segundo tudo indica, anteontem, queimando campos, pastos e plantações, chegando bem perto de várias casas, e parando há mais ou menos 500m, no máximo, da cerca do nosso sítio. Narrei esse fato no artigo “O Vento e o Fogo”, publicado aqui neste blog, e compartilhado, como este o será, no Facebook.
[Foto de Gabriel Rossi, um dos vizinhos]
Nesse contexto, a chuva assumiu um ar providencial, milagroso, mesmo.
No Grupo de Discussão da comunidade rural daqui muita gente pediu por chuva. “Deus, faça que chova!”, clamou alguém às 20h exatas. Um minuto antes, uma outra pessoa havia emitido o que só pode ser interpretado como um grito por socorro, sem que o objeto do socorro fosse especificado: “Senhor, todo-poderoso!” Outros, em linguagem mais neutra, do ponto de vista religioso, disseram apenas “Tomara que chova!” (19h54).
E assim continuou.
Uns relataram que havia prognóstico de chuva para a região. Outros relataram que em outras partes do estado, por exemplo, em Presidente Prudente, a quase 500 km daqui, chovia a cântaros. Outros diziam ter ouvido dizer que já havia começado a chover aqui mais por perto — até mesmo na área urbana de Salto.
Enfim, às 23h04, alguém escreveu: “Começou a chover aqui na Chapada agora”. E, como eu disse atrás, chove até agora. Não é uma chuva torrencial, mas é água caindo do céu, água que apaga o fogo, água que, em situações de incêndio, quando não há chuva, aviões precisam derramar nas regiões em que há fogo fora de controle.
Algumas das reações foram: “Graças a Deus!” (23h50), “Deus seja louvado!” (23h51), “Adeus fogo… Obrigado Deus por ser tão bom!” (0h04). Ontem e hoje cedo o ícone (ou emoji) 🙏 apareceu — ontem, representando um clamor e um pedido; hoje representando gratidão e alívio.
No entanto, uma chuvinha é um acontecimento comum, não é mesmo? Acontece a toda e qualquer hora, mesmo no coração do Inverno.
Lembrei-me da historinha contada por David Foster Wallace em seu justamente famoso Discurso de Paraninfo “This is Water!“, no Kenyon College, em Ohio, em 2005, discurso mencionado e publicado, em tradução minha, aqui neste blog, nos últimos dias. Transcrevo de novo a historinha, verbatim, para ninguém precisar procurá-la pelos meandros complicados do sistema de buscas do Facebook:
Dois caras estão em um bar num dos locais mais remotos do Alasca. Um dos caras é religioso, o outro é ateu. E os dois estão discutindo a questão da existência de Deus — e discutindo com aquela intensidade particular que só se revela depois da quarta cerveja. O ateu diz: “Não é que eu não tenha razões reais para não acreditar em Deus — eu tenho essas razões; também não é que eu nunca tenha tido nenhuma experiência com Deus, oração, etc. — eu tive. Para lhe dar uma ideia, no mês passado eu fui pego fora de casa, na estrada, pela mais terrível nevasca que eu já vi. Não se via nada, eu não sabia para onde ir, e a temperatura estava na casa dos 50 graus negativos. Numa situação assim, coloquei meus joelhos na neve e clamei: “Oh Deus, se o senhor existe mesmo, estou perdido aqui nesta nevasca, não sei para onde ir, e, se o senhor não me ajudar, eu vou morrer!” O cara religioso ficou olhando para o outro com uma cara de perplexidade. “Bem, mas então isto indica que você agora acredita em Deus, porque afinal de contas, você conseguiu sair de lá, tanto que está aqui, agora!”. O ateu rolou os olhos para cima como quem não acreditasse no que estava ouvindo, e completou: “Não, cara, não foi nada disso. O que aconteceu foi que dois esquimós passaram por lá, e, me vendo, me mostraram o caminho e me ajudaram a sair de lá! Apenas isso…”
É isso. “É apenas isso”, segundo o ateu. Esquimós passam frequentemente pelas estradas do Alasca — o que há de diferente e especial neste caso? Eles não disseram: “Nós estamos aqui porque Deus nos mandou vir até aqui para ajudar alguém que estava perdido.” Para o crente, o ateu não enxerga o que para ele é cristalinamente claro, o que é evidente. Muita gente (filósofos e cientistas sendo os principais) pede evidência de que Deus existe e que ele ouve e responde orações, até mesmo de ateus, e a evidência está ali no Alasca, está aqui em Salto, em todo lugar, para que “quem tiver olhos para enxergar, veja”. O ateu orou, pedindo por socorro, Deus o ouviu, e lhe mandou os dois esquimós que representaram a sua salvação — mesmo que os esquimós não tivessem a menor ideia de que estavam executando a vontade de Deus…
Como pode um mesmo acontecimento receber duas interpretações diametricamente opostas por parte de pessoas normais e inteligentes?
Os esquimós da história de Wallace são a chuva aqui do nosso sítio.
Nossos vizinhos são religiosos aqui na região da Chapada. Há até mesmo uma igrejinha, dedicada a Nossa Senhora d’Oropa, que é mantida pela população. Muito descendente de italiano por aqui: Rossi, Ferraretto, Pecchio, Micai, Mazzetto, Veronezzi, Rosso, Codo, Gianotto, Barbieri, Colheri, Guarnieri, etc. A igrejinha não tem um vigário permanente e regular, mas há um irmão, um dos locais, que é seu líder e conduz os trabalhos em todo Domingo e Dia Santo, que organiza as festividades de praxe, que reúne alimentos e outros recursos para os necessitados da região. Ele conhece todo mundo e todo mundo o conhece. É nosso vizinho, além de irmão responsável pela igrejinha. Para a vizinhança predominantemente italiana e católica (há um com sobrenome alemão, outro com sobrenome japonês, e vários com sobrenome português), não há a menor dúvida de que foi Deus que enviou a chuva, que terminou de apagar o fogo que o homem havia começado a combater, assim afastando o perigo — pelo menos, por enquanto. O povo clamou, Deus ouviu, a chuva veio, o fogo acabou. O que pode ser mais claro? “Graças a Deus!”, “Obrigado, Deus, por ser tão bom!” “Adeus, fogo!”
E, no entanto, de onde veio o fogo que começou a história? De onde veio a fagulha inicial que foi alimentada pelo vento, vento que, em Hebraico, tem o mesmo nome que é aplicado ao Espírito de Deus: ruah… Esclarece-se na Wikipedia: “Ruah é uma palavra hebraica que significa vento, espírito, sopro de vida, hálito divino”. Hebraístas podem qualificar ou mesmo discordar, mas… ruah, em Hebraico, é pneuma, em Grego, e em João 4:24 atribui-se a Jesus a afirmação de que “Deus é Espírito” — ou, talvez, “O Espírito é Deus” (pneuma ho theos), que poderia ainda ser traduzido como “O Vento é Deus”… No artigo anterior, usei como mote outra passagem de João, em que se atribui a Jesus a seguinte afirmação: “O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído [ou a sua voz], mas não sabes de onde vem nem para onde vai.” (João 3:8). Juntando as citações, Deus, que é Espírito, sopra, como o vento, onde quer… e, muitas vezes, não sabemos por quê (apesar de que, outras vezes, temos a pretensão de sabê-lo!). Mesmo que o fogo tenha vindo de uma bituca de cigarro descartada de forma irresponsável por um passante motorizado, ou de um sitiante, igualmente irresponsável, que resolveu queimar sua cana (algo hoje proibido), no fundo, dada a soberania, a onipotência e a onisciência de Deus, nada acontece sem que ele, mais do queira, o determine… Pelo menos é assim que a teologia protestante, mormente a calvinista, em meio à qual eu cresci, acredita. Deus, neste caso, seria o responsável final pelo incêndio — e pela chuva que finalmente o apagou. Pois se nem mesmo um fio de cabelo de nossa cabeça ou uma pena da asa de um pardal caem sem que ele, mais do queira, o determine, quanto mais um incêndio que colocou todo um nobre bairro rural em polvorosa…
David Hume (1711-1776), filósofo escocês, que eu chamo de meu santo padroeiro, por ter escrito minha Tese de Doutorado sobre ele, e que é considerado o maior filósofo de todos os tempos a escrever em língua inglesa (e, segundo alguns, em qualquer língua), publicou, em 1757, um livrinho que nunca mereceu grande interesse da maioria dos intérpretes de Hume (em geral filósofos). Ele tem o título de The Natural History of Religion (A História Natural da Religião). Talvez o livro seja mais bem descrito, não como história natural, mas como antropologia da religião, mas isto não faz tanta diferença. O importante é que o livro representa, em vários aspectos, uma crítica severa (e uma alternativa) à visão cristã da religião.
Em primeiro lugar, para começar, Hume defende a tese, comum hoje, mas incomum então, de que a religião, em sua origem, era politeísta, voltada para a propiciação e adoração de vários deuses — e que o monoteísmo foi um desenvolvimento posterior, relativamente tardio.
Em segundo lugar, Hume defende a tese de que a religião surge de duas características básicas (dois sentimentos fundamentais) do ser humano: os medos e as esperanças… — as coisas que ele teme que aconteçam e as coisas que ele deseja que aconteçam… O ser humano, em regra, teme a morte, não deseja morrer — e, por conseguinte, deseja viver. E sabe que, para viver, precisa, entre outras coisas, de alimentos, de roupas e de moradia. Os alimentos lhe fornecem energia; as roupas e a moradia o protegem do frio, do vento, da chuva, da neve… Roupas e moradia são bens mais duráveis… Mas os alimentos têm de ser arranjados o tempo todo. “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”, diz o Pai Nosso, que não menciona roupas e moradia. Originalmente, alimentos eram colhidos nas árvores, caçados e pescados. Todo dia. O ser humano ia atrás deles, como nômade, que era. Depois o ser humano descobriu que podia cultivar alimentos e criar animais para uso doméstico, e assim surgiu a agricultura e a pecuária controladas, e o ser humano se tornou sedentário: cada um passou a morar em um determinado lugar e tinha um pedaço de terra ao seu redor para cultivar seus alimentos e criar seus animais. Seu desejo básico era que as sementes e/ou as mudas plantadas vicejassem e viessem a produzir ou se tornar alimentos. De igual forma, mutatis mutandis, os seus animais domésticos. Essas eram algumas de suas esperanças. Outra era que ele e sua família permanecessem sadios e fortes, para poder trabalhar. Seus medos? Que suas lavouras e suas criações não dessem certo, que ele e sua família ficassem doentes e fracos, sem conseguir tocá-las como queria… Esperanças e medos. Coisas básicas. Sentimentos fundamentais.
Em terceiro lugar, Hume defende a tese de que o ser humano imaginou que, criando e executando rituais e celebrações de adoração para com seres mais poderosos do que ele, originalmente, o Sol, a Lua, os Planetas, etc., ele poderia conseguir que esses seres superiores o favorecessem… Assim nasceram os deuses e as religiões, que receberam os nomes desses astros… E a eles e a elas o ser humano também se dedicou. Escolher deuses e criar rituais e celebrações que propiciassem a eles.
Em quarto lugar, Hume defende a tese de que o ser humano descobriu que a vida e os negócios de alguns dos seus vizinhos iam melhor do que a vida e os negócios dele — e que a vida e os negócios de outros iam pior. E assim ele se interessou por adorar deuses mais eficazes e fugir dos menos capazes… Ninguém adora um deus menos eficaz se há um mais eficaz disponível. E o ser humano também percebeu (ou inventou) que os deuses eram especializados. Havia um deus para o sol, outra para a chuva, outro para a fecundidade, outro para a saúde, outro para o prazer, outro para a beleza, outro para a vitória na guerra, outro para a sabedoria, etc. Nada impedia que ele adorasse vários deuses, um em cada especialidade, e retivesse, e neles concentrasse seus louvores, os mais eficazes. E assim surgiram religiões politeístas, a partir do culto a esses deuses. E porque ele percebia que, entre os que adoravam o mesmo deus, uns se saíam melhor do que os outros, ele concluiu que os rituais de adoração e as celebrações precisavam ser continuamente aperfeiçoados.
Quando se escreve “A História Natural da Religião”, não se imagina que um deus tenha criado os homens e prescrito para eles essa maneira de ser e viver: conclui-se, com base na experiência humana (isto é, na história), que o homem tenha criado seus deuses, e os rituais e as celebrações necessários para ganhar o seu favor, e explica-se por que o ser humano fez isso, e com que objetivos, e como a coisa toda se produziu e evoluiu até chegar perto do que é hoje…
Apesar de existirem inúmeras religiões e cada uma delas ter seu ideário (suas ideias, sua teologia, sua ética), existem, basicamente, apenas duas formas de encarar e entender o mundo e de conduzir-se nele.
Uma é que o mundo opera segundo decisões e ditames de seres que habitam em um plano superior, que, inicialmente, era bastante materializado, muito parecido com o mundo natural, e foi se tornando cada vez mais espiritual. As entidades desse mundo sobrenatural são responsáveis pelo que acontece conosco e pelo que acontece no mundo natural, aqui na terra.
Outra é que esses seres de um plano superior simplesmente não existem, na realidade, tendo sido criados (ou inventados) pela fértil imaginação humana, controlada pelos medos e pelas esperanças do ser humano.
Nesta segunda hipótese, o fato de que a vida e os negócios vão melhor para uma pessoa do para outra, ou que vão ora melhor, ora pior, para a mesma pessoa, é, no fundo, decorrente de duas possibilidades: (a) de um lado, simplesmente uma questão de acaso — sorte ou azar, que não é mérito nem culpa de ninguém; (b) de outro lado, da eficácia dos rituais e das celebrações adotados por cada um e da seriedade e do cuidado com que cada um os executa.
Assim, a cada um cabe refletir sobre o que ele pode fazer para reduzir o impacto negativo do azar e melhorar o impacto de sua sorte — a sua “fortuna” (termo do qual vem “afortunado” e “desafortunado”).
Além dessas duas formas de encarar e entender o mundo e de conduzir-se nele não há alternativa. Tertium non datur.
Diante disso, o ser humano tem de escolher entre uma e outra visão — podendo, como David Hume, ter suas dúvidas e reivindicar um certo ceticismo, tanto em relação a uma, como em relação à outra visão, vendo os pontos fracos e fortes de uma e da outra. Hume criticou severamente a religião. Mas criticou também, com igual ferocidade, a ciência.
Para Hume, nem a religião, nem a ciência (na verdade, nem a filosofia), têm fundamento racional. Seu fundamento está na natureza humana, em seus sentimentos, entre os quais os mais fundamentais são seus medos e suas esperanças. Em outras palavras: são nossos sentimentos básicos (nossas paixões) que nos governam — apesar da pretensão de alguns seres humanos de ser regidos pela sua razão, ou até mesmo pela Razão Universal, assim com iniciais maiúsculas.
O cientista ateu acredita que só a ciência explica as coisas, e isso o faz buscar evidências que as expliquem, que comprovem que as coisas são assim ou assado.
O religioso acredita que não é só a ciência que explica as coisas, que não é apenas a ciência que busca e encontra evidências. E a razão pela qual o religioso acredita nisso é porque ele tem experiência pessoal (ou algo muito parecido) de que pedindo a Deus, ou a um deus, com fervor e seriedade, Deus, ou esse deus, ouve o seu pedido, e faz as coisas acontecerem. Como dizia Kathryn Kuhlman, “miracles do happen“: a gente os vê acontecer todos os dias, se estiver sintonizado na onda certa, se estiver preparado para percebê-los e registrá-los.
Deus, ou esse deus, manda esquimós para mostrar a quem está perdido como encontrar a estrada para a civilização.
Deus, ou esse deus, manda chuva na hora certa e na quantidade certa para apagar o fogo, mesmo que não houvesse chovido por semanas a fio neste inverno.
Se às vezes os esquimós e/ou a chuva não aparecem, é porque Deus, ou esse deus, resolveu não interferir diretamente no processo, por alguma razão, talvez por seu desejo de que o ser humano desenvolva a sua proatividade e iniciativa, bem como sua capacidade de resolver seus próprios problemas, e, assim, assumir controle de sua vida sem precisar em tudo recorrer a ele.
Os unários e os demais não-binários que me desculpem, mas este nosso mundo é basicamente binário. Há basicamente duas formas de entender o mundo, duas formas de se desenvolver como ser humano, dois tipos de ser humano (e que o ser humano é homem ou é mulher é parte desse binarismo: não há um terceiro sexo para dar sustentação a um suposto gênero não-binário).
Religião não tem que ver com vida DEPOIS da morte. Religião tem que ver com vida ANTES da morte.
E assim vai.
Grande parte do mérito do Discurso de Paraninfo de David Foster Wallace, mencionado atrás, está no seu reconhecimento desse fato. Diz ele — e com esta citação termino este artigo:
“A única coisa que é escrita com o V maiúsculo de Verdade é que você pode decidir como você vai ver e entender o que está acontecendo, e que você pode escolher como reagir adequada e sensatamente a cada situação.
Esta, eu lhes proponho, é a verdade de uma educação real, de uma aprendizagem que faz de nós seres bem-ajustados. Você é que escolhe o que você vai adorar.
Porque há algo mais que é esquisito, mas verdadeiro. Nas trincheiras do dia-a-dia da vida adulta, na realidade não existe algo que possa ser chamado de ateísmo. Não existe uma condição em que alguém não adore algo. Todo mundo adora alguma coisa. A única escolha que temos é sobre o que nós vamos adorar, diante do que nós vamos nos curvar. E a razão mais forte para talvez escolher alguma espécie de deus ou coisa do tipo espiritual — seja JC [Jesus Cristo], ou Alá, ou YHWH [Jeová], ou a Deusa-Mãe da Terra, ou as Quatro Verdades Nobres, ou algum conjunto de princípios éticos invioláveis — é que, basicamente qualquer outra coisa que você venha a adorar, acabará por comer você vivo.”
Em Salto, 28 de Julho de 2021.
Categories: Liberalism
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